Os testes rápidos usados para detectar o vírus A (H1N1), causador da gripe suína, apresentam resultados incorretos em cerca de 50% dos casos, disse o diretor de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva. "É um exame questionável. A própria Organização Pan-Americana de Saúde afirma que o teste, em 50% dos casos, acusa resultado de falso negativo", afirmou. Esse pode ter sido o exame feito em Orlando, nos Estados Unidos, na estudante Jacqueline Ruas, que morreu durante o voo de volta ao Brasil no domingo. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), ela estava com pneumonia.
A jovem, que estava na Disney de férias, apresentou sintomas de gripe em 28 de julho, após outro garoto que participava da excursão sofrer com os mesmos sintomas. Atendida no hotel, um dia depois Jacqueline, de 15 anos, tomou o medicamento Tamiflu pela primeira vez. No dia 30, ao se queixar de falta de ar, ela foi levada ao Celebration Hospital. Ali foi atendida, realizou um teste rápido para gripe suína e, depois de medicada, foi liberada para o voo de retorno. O resultado para gripe suína teria sido negativo. Ela morreu na viagem, uma hora antes de chegar a São Paulo.

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