Abstinência é recomendada para pessoas entre 14 e 60 anos. Medida pode ser trocada por penitências, caridade ou piedade.

A tradição de não comer carne durante as sexta-feiras da Quaresma foi instituída pela Igreja Católica no século IV, quando a celebração passou a fazer parte do calendário religioso. O período de 40 dias começa a ser contado da Quarta-Feira de Cinzas até o domingo de Páscoa. Apesar do rito, o Código de Direito Canônico, do Vaticano, libera algumas pessoas da abstinência de carne. São os carentes, doentes, crianças com menos de 14 anos ou adultos com mais de 60 anos.O padre José Carlos Sala, da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que o objetivo da Quaresma é a comunhão e reflexão sobre os ensinamentos de Cristo. Para ele, o sentido real do período não é a simples privação da carne, mas o de ouvir o próprio corpo. "É tempo de oração, renúncia, solidariedade e valorização da família."Segundo a Igreja Católica, as cinzas são o sinal presente no Antigo Testamento e representam o arrependimento e vontade de mudar. Elas são feitas com a queima dos ramos bentos na Semana Santa do ano anterior.

A abstinência de carne pode ser substituída pela prática da penitência, caridade ou piedade.

Sala informou que o Canon 1252, do Código de Direito Canônico, "é o texto que prescreve o jejum no período da Quaresma. Já o Canon 1253 determina que cada conferência episcopal pode estipular como deve ser feita a abstinência ou a substituição por obras de caridade", disse o padre.

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