com informações do jornal do comércio.

Os Estados Unidos e Israel assinaram nesta sexta-feira (16) um acordo que tem como objetivo garantir que os militantes do Hamas não se rearmem após os israelenses declararem um cessar-fogo unilateral na Faixa de Gaza. O "memorando de entendimento", como foi definido pela secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice, foi assinado hoje em Washington por ela e pela ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni. Israel poderá declarar o cessar-fogo unilateral amanhã, quando ocorrerá uma reunião do gabinete de governo.

Segundo o acordo, assinado apenas entre os dois países, as tropas israelenses poderão permanecer no território palestino após a declaração de cessar-fogo unilateral.

Sob a proposta egípcia de cessar-fogo, a luta seria interrompida imediatamente por dez dias, mas as forças israelenses permaneceriam na Faixa de Gaza e nos cruzamentos de fronteira até que detalhes específicos sejam elaborados para a segurança nos limites do Egito e da Faixa de Gaza. O objetivo deste ponto é garantir que o grupo militante Hamas não contrabandeie armas para o território.

O documento assinado hoje, com duas páginas e meia, ressalta o papel que os EUA terão nesse processo, ao garantir o fornecimento de equipamento de vigilância e detecção, ajuda logística e de treinamento a Israel, ao Egito e a outras nações que possam ser envolvidas no monitoramento das fronteiras marítimas e terrestres da Faixa de Gaza.

OBAMA - Rice e o porta-voz do Departamento de Estado do governo norte-americano, Sean McCormack, disseram que o presidente eleito do país, Barack Obama - que tomará posse na terça-feira - e a secretária de Estado do novo governo, Hillary Rodham Clinton, já foram consultados sobre detalhes do acordo assinado hoje. Livni e Rice disseram esperar que os países europeus trabalhem em acordos semelhantes com Israel.

Antes, Rice disse à imprensa que o acordo "deverá ser um dos elementos que tentarão levar o processo a um cessar-fogo duradouro, um cessar-fogo que possa ser mantido". "Nós vemos isso (o acordo de hoje) como parte um amplo esforço internacional para compartilhar informações" em como lidar com carregamentos de armas, disse. Com informações da Dow Jones.

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