A nova onda de remédios para ficar inteligente

Engenheiro de 40 anos, gerente de uma seguradora, Maurício (o nome é fictício, para proteger sua identidade) diz tomar Ritalina apenas uma vez por semana, quando seus prazos para a entrega de relatórios apertam. Diz que, quando toma a droga, sua capacidade de concentração aumenta e ele trabalha seis horas sem intervalos. “Sou chefe de 40 funcionários e preciso funcionar a qualquer custo.”

Ritalina é um remédio de tarja negra. Deveria ser consumido apenas por pessoas que precisam dele e têm uma receita médica para provar isso.

A Ritalina – que atua como um estimulante do sistema nervoso central – está longe de ser a única droga usada para incrementar a eficiência do cérebro.

Também vem ganhando adeptos no mundo um estimulante genericamente conhecido como modafinil, desenvolvido para tratar narcolepsia (uma sensação de sonolência exagerada). O modafinil, assim como o café, restaura o desempenho cognitivo em pessoas com sinais de fadiga.

As pessoas que tomam esses remédios afirmam conseguirem o melhor desempenho pois seus neurônios trabalham 50 vezes mais rápido. Seja para o trabalho ou para uma prova, estas drogas estão causando cada vez mais adeptos. Há quem já sugira exames anti-doping em provas de concursos e vestibulares tamanha eficácia dos resultados.

adaptado de reportagem da revista Época

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